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December de 2020

Os primeiros tempos do Brasil

Encontro entre dois mundos

Fala galera! No post de hoje vamos falar sobre o início da colonização no Brasil.


Pouco sabemos sobre os habitantes que viviam aqui até a chegada dos europeus. Essa pouca noção sobre os povos nativos muitas vezes é prejudicial, pois nos leva a analisarmos a vida dos nativos com as noções criadas pelos nossos colonizadores. O próprio termo ‘índio’, é uma criação, fruto do equívoco por pensarem ter chegado às Índias.



Os nativos relatam através de lendas, a história da dominação e subordinação aos povos europeus. Alguns os consideravam seres excepcionais – ‘cavalo e cavaleiro num só corpo’, ‘demônios donos de raios e trovões’ (gerados por seus canhões). Outros povos, como os Timbira (nativos do sul do Maranhão e norte de Goiás), acreditavam que os homens brancos surgiram dentro de seu próprio povo.



Fato é, que, quando os portugueses aqui chegaram, o Brasil era habitado por milhares de tribos indígenas de diferentes etnias.

Estima-se entre 5 a 8 milhões o número de nativos que viviam espalhados pelo território brasileiro em 1500. Dentre as inúmeras etnias indígenas, podemos citar os Tupinambás, Tupiniquins, Caeté, Potiguar e os Tupis-Guaranis.



Ao contrário do senso comum, não há uma uniformidade na forma de vida, cultura e organização social dos povos indígenas que viviam aqui.


A visão dos vencedores


A conquista dos territórios recém-descobertos e a exploração dos povos nativos eram consideradas não somente legítimas, como de direito, por parte dos europeus, que tinham uma crença muito forte na sua superioridade em relação aos outros povos. Isso se deve a alguns fatores:

  • Acreditavam na supremacia do povo branco desde o nascimento;

  • Julgavam serem os detentores da verdadeira fé: o Cristianismo;

  • Acreditavam possuir o nível de desenvolvimento tecnológico, científico e artístico mais avançado que os demais povos.




Relações entre nativos e europeus

Com a chegada dos portugueses, os primeiros contatos com os indígenas foram pacíficos e de reconhecimento. Havia uma mistura de curiosidade, estranhamento e fascínio pela cultura desconhecida.

E isso era dos dois lados, como atesta um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha:


“[...] e dali tivemos a visão de homens que andavam pela praia, cerca de sete ou oito. Acudiram pela praia homens, quando dois, quando três, de maneira que, chegando o batel à beira do rio, eram ali dezoito ou vinte homens pardos, todos nus, sem nenhuma coisa que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijos para o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram [...]”


Foram muitas as formas de relação amistosa ente indígenas e portugueses, dentre as quais podemos destacar:

  • O escambo – que era a troca do trabalho indígena, principalmente na extração do pau-brasil, por objetos e bugigangas (machados, foices, espelhos, pás, facas, etc);  
  • Alianças bélicas – os portugueses se uniam a grupos indígenas com o objetivo de atacar outras tribos e escravizá-los;

  • E  o casamento – era comum o casamento entre portugueses e mulheres tupis para firmar aliança e estabelecer confiança entre os povos.




Com o tempo, porém, prevaleceram as desavenças e conflitos entre os povos. Os europeus utilizaram várias maneiras de atacar e destruir os povos indígenas. As principais foram: 


  • Uso de armas de fogo – nas guerras de conquista, os europeus levavam ampla vantagem sobre os indígenas por possuírem armas de fogo com alcance e capacidade de destruição muito superior às armas dos nativos; 

  • Doenças – gripe, sarampo, tuberculose e varíola, as chamadas ‘doenças de branco’, mataram milhares de indígenas, que não haviam desenvolvido defesa biológica natural (anticorpos) contra as doenças e que, por serem de fácil contágio, na maioria das vezes   se tornavam epidemias e acometiam populações inteiras de indígenas.


Estima-se que 200 anos após a chegada de Cabral, cerca de 90% da população indígena no Brasil havia sido escravizada ou dizimada.


Contribuições indígenas

Após mais de 500 anos da conquista das terras brasileiras pelos portugueses, inúmeras são as contribuições dos povos indígenas para o Brasil e o mundo. Essas contribuições vão desde a linguística, até plantas alimentícias, medicinais e técnicas de artesanato.



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Até a próxima!